A verdadeira epidemia de acidentes que afeta o Brasil inteiro durante o Carnaval, pelo não uso do cinto de segurança e pelo binômio álcool-direção é uma triste realidade. Em 2014, 144 pessoas morreram e 1.823 ficaram feridas nas rodovias federais do país. No Ceará, foram registrados 78 acidentes nas BRs, que deixaram cinco pessoas mortas e 41 feridas. Nas rodovias estaduais, a quantidade de acidentes foi menor, mas tiveram maior gravidade: ocorreram 51 acidentes nas CEs com 17 mortes e 87 feridos.
Diante desta estatística alarmante, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Ceará (SBOT-CE) alerta sobre a necessidade do uso do cinto de segurança, inclusive no banco de trás, para quem vai viajar neste carnaval pelas rodovias estaduais e federais do Ceará.
Peso de um elefante
Segundo o presidente da SBOT-CE, Dr. Henrique César Ribeiro, quando um carro se choca com outro, a 50 km/h, um adulto de 60 quilos sem cinto no banco de trás é lançado contra o passageiro do banco da frente com tanta força, que o impacto corresponde a mais de uma tonelada, que é o peso de um elefante pequeno.
De acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o uso de cinto de segurança no banco dianteiro reduz o risco de morte em 45% e em até 75% quando o equipamento é utilizado no banco traseiro. Isto porque ocupantes de um veículo com o cinto afivelado têm seus movimentos limitados em casos de freadas bruscas ou acidentes. O cinto de segurança evita o choque das pessoas com as partes internas do veículo ou o seu arremesso para fora dele, diminuindo também a gravidade de possíveis lesões.
“O cinto de segurança é o equipamento de proteção mais eficaz na prevenção às consequências de qualquer acidente de trânsito. Por isso, é importante que todos os passageiros tenham consciência da sua importância e afivelem o cinto ao entrar em um veículo. Afinal, infelizmente, não basta ser cuidadoso, é preciso estar preparado para o risco que se corre ao pegar uma estrada”, ressalta Dr. Henrique César.